LUZ NO FIM DO TÚNEL
“A realidade pode ser oculta, mas com a
reflexão, as coisas tornam-se evidentes, e o conhecimento construído cada vez
mais verdadeiro. E a partir do momento em que passa a ser uma prática, não
haverá mais túneis sem luz.” Lucas
Ildefonso
Pincei
a frase de um artigo que nos remete à reflexão sobre a realidade.
A
minha, a sua e a do restante dos mortais.
Tema
confuso e difuso porque a minha realidade/verdade no mínimo
parecerá
com a de alguns e jamais com a de muitos.
Leituras,
convívio social, formação acadêmica, vivências ...
O
desfazer-se em si para estar em movimento e evidenciar o oculto é
trabalhoso
e as conclusões eivadas de personalismo e hipocrisia –
para
satisfazer necessidades prementes de aceitação.
Comum
hoje escutar mulheres afirmando que o “eu me amo” é
a base
de respeito e valorização da mulher .
Diria
eu que uma poção mágica para a própria aceitação e eventual
distorção
do que seria amar.
Para
se amar e se definir, o caminho é saber exercitar o amor ao
outro,
sem o que não se distingue o que é amar-se.
E
sentimentos são mutáveis, ligeiros, passageiros ocultos .
E a
realidade ... um eterno descortinar do nada, do vácuo que
emite
raios e pisca pisca de luz.
POST BY: Principesca Real
VERDADE
A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os dois meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram a um lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em duas metades,
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
As duas eram totalmente belas.
Mas carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os dois meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram a um lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em duas metades,
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
As duas eram totalmente belas.
Mas carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
Carlos Drummond de
Andrade