sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

OI OI OI




Quase uma hora da manhã no Nordeste e a saudade rasga o peito desse leão, coelho, bode ou sei lá o quê...(depois de umas duas cervas com 7,2% bock alemã).

Há muito não escrevo nada. Primeiro porque não tenho mais para quem escrever e segundo não acredito mais que o que eu tenha para escrever divirta alguém.

Penso que, hoje, só consigo falar de minhas entranhas (vide foto). A polarização do País e, quiçá, do Mundo trumpeia minha obnublada visão de coerência. Sei lá! Parece-me que tudo está derretendo aos meus olhos e custo a acreditar.

Uma ignóbil sinonímia desfalecida de significado ecoa sobre uma tragédia aguda enquanto  surdos ouvimos o grito desesperado de nossos problemas CRÔNICOS: NOSSAS ENTRANHAS. Mas para que entender isso? Isso não gera lead, não gera like, não gera audiência. O que gera? Mostrar nossas entranhas! Nosso nu; nosso ódio nu; nossa fossa sem fim de ódio transmutado em ideologia vazia. É! Não se engane são apenas entranhas.

Estranhas palavras, estranhos gestos, estranhas cores: uma nirvana. Mas claro que é isso é um amarelo desbotado, ou manchado, pelo vermelho da vergonha. E olha que vermelho está fora de moda. Vermelho que só faz sucesso se for com o sangue. O sangue dos podres, que podres escolheram como podres, mas se estão podres não podem ser separados dos que podre estão. Como separar minhas entranhas? Sério que continuo falando de entranhas? E por que o título é OI OI OI e não entranhas?

Quem sabe estou aqui a procura de um anjo? Mas um anjo de verdade! Não um anjo justiceiro...morô? Mais um escárnio que revela nossas entranhas. A ética da hipocrisia acéfala. Para que buscar o certo se o seu certo é simplesmente comer minhas entranhas? Ora, ora, ora quão cego é aquele que enxerga apenas o que gosta de ver? Não sei! Sei que anjo não cai do céu...e se cair faz um rombo e mostra as entranhas da Terra.

Hum! Nos últimos tempos deixei de comer os cervos e expor suas entranhas e fui extirpado das minhas entranhas. Muito nojo! Escatológica sensação de jogar com palavras cheias de significado vazio. Assim como desmedidas que ninguém sabe o que é mas reclama porque mexeram com sua medida. Que coisa: Não é?

Pois é! A verdade o que mostrei foram minhas mãos; não minhas entranhas! E olha que elas estão limpas! Elas não são responsáveis pelo que aconteceu com minhas entranhas...

Então eu termino com meu OI, OI, OI...e suas mãos? Como estão?

(Acho que esse coelho fumou cenoura estragada!!!)