terça-feira, 30 de janeiro de 2018

1a eliminação BBB18 - Ocus pocus

Fonte: UOL



Não me lembrava do Pedro Bial. Quem diria que o Tiago Leifert iria conseguir essa façanha de mesmo amadoristicamente suplantar a falta de um ícone do BBBs.

Ele conseguiu mas ainda sinto falta dos discursos enebriantes de eliminação. Discursos que mostrava o avesso dos elimináveis, da casa, da produção e, principalmente, do público. A eliminação do Bial falava mais sobre nossas mazelas aqui fora do que as "herpes" lá dentro. E por falar em Herpes...

A eliminação de hoje é mais uma "amostra" do que é BBB. Buscando uma analogia totalmente fora de contexto posso comparar com o batismo de um inepto mergulhador. Em seu primeiro mergulho, em uma profundidade de 25 à 30 metros, o novo escafandro consome uma garrafa de oxigênio em pouco mais de 8 min; uma garrafa que poderia durar 20, 30 ou até 40 min. Por quê? Simplesmente por permanecer em êxtase nas profundezas do oceano e suas belezas; ao mesmo tempo que sente o medo "claustrofóbico" da imensidão do mar. Isso dispara sua adrenalina e o instinto de sobrevivência o faz respirar compulsivamente. Cada vez mais rápido quase o fazer  gritar sob toneladas de litros d'água intransponíveis.

Qualquer dia pergunto a um ex-BBB se essa sensação faz sentido. O que não faz sentido é o destempero e a busca de espaço através do grito abafado de dois peixes que morreram pela boca em 2018.

Uma em grito rouco de libertação e aceitação. Como um tubarão sobrevive no meio um cardume de golfinhos (nem sei se é cardume porque não é peixe, é mamífero)?  Atacando! Mostrando os dentes e, talvez, urinando no poste mais alto para determinar seu território. O tubarão rosna, mostras os dentes e berra: não tem golfinho que bata a tenacidade da minha luta pelo o direito de ser um tubarão. Nem tentem chegar! Mas o tubarão esqueceu um detalhe...

Detalhe que um outro peixe muito mais ladino percebeu cedo, mas a personagem montada antes de enfrentar o cardume não deixou que ela atentasse que uma arraia não pode usar seu RABO como arma para acabar com tudo e com todos. O rabo é perigoso e o grito supersônico incomoda até mesmo o mais surdo golfinho. Mas a arraia se esconde bem! Sabe quem encantar. Quem seu apelo sexual vai atingir. O deslumbramento das velhas golfinhos que querem mostrar que existe mágica em um rabo. Mas enfeitiçou duas baleias que a protegem do cardume. Não sei por quanto tempo. Vai depender o quão bobo serão os golfinhos e os pescadores de ilusão que a defendem. Mas isso é outra história.

No mergulho de hoje as águas são as mesmas. Nem Lulu Santos consegue dizer que nada do que foi será. Porque nesse mar de bundões (não vou falar a palavra da arraia, coelho!) o tubarão é pescado. Um tubarão que não consegue entender que muitas vezes recuar é a maneira mais inteligente de atacar. Não conseguiu ler os sinais de que na primeira semana golfinho expulsa o "peixe" diferente porque a justificativa está pronta. O tubarão é muito perigoso; tem os dentes muito grandes; faz muito barulho e não serve para nada.

Mas o pior de tudo é não perceber que os pescadores não entendem o grito de liberdade de um tubarão. Preferem entender que a minoria choraminga e nesse mar não é lugar para lutas; é lugar para peixe. Peixe para ser pescado para os donos de barco enquanto comem as espinhas. Pois é...a cada ano nos enterramos mais na areia junto com nossos tubarões e deixamos que as arraias e outros peixes sejam apenas alimento para os patos.

Então Mara! Saia do meio do cardume e venha aqui fora que estamos precisando lutar com outras armas. Precisamos sensibilizar quem pode entender que nem tudo está perdido. Que os outros tubarões estão engolfinhados mas ainda existem peixes, moluscos e crustáceos que podem salvar esse nosso mar.

Caminhando e cantando e seguindo a.....
Vem vamos embora
Quem sabe faz a hora

#Tamojunto

THE GAME MUST GO ON!!!!