quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Adeus, Teresa!


O "Adeus" de Teresa


A  vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta a correnteza,
A valsa nos levou nos giros seus...
E amamos juntos... E depois na sala
"Adeus" eu disse-lhe a tremer co'a fala...


E ela, corando, murmurou-me: "adeus."


Uma noite... entreabriu-se um reposteiro...
E da alcova saía um cavaleiro
Inda beijando uma mulher sem véus...
Era eu... Era a pálida Teresa!
"Adeus" lhe disse conservando-a presa...


E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!"


Passaram tempos... séc'los de delírio
Prazeres divinais... gozos do Empíreo...
... Mas um dia volvi aos lares meus.
Partindo eu disse  —  "Voltarei!... descansa!...
Ela, chorando mais que uma criança,


Ela em soluços murmurou-me: "adeus!"


Quando voltei... era o palácio em festa!...
E a voz d'Ela e de um homem lá na orquestra
Preenchiam de amor o azul dos céus.
Entrei! ... Ela me olhou branca ... surpresa!
Foi a última vez que eu vi Teresa!...


E ela arquejando murmurou-me: "adeus!"

ALVES, CASTRO. Espumas Flutuantes. 2a ed. São Paulo:Editora Martin Claret. 2010

Não me apressarei a conhecer os participantes desse BBB porque a marcha do primeiro dia foi lenta.

Não contradizendo a ode símia ao ódio (VIXE KD O MOCHO????) mas deixando que, assim como o vinho, o tempo possa amadurecer o sabor doce da vingança, destacando os aromas amadeirados e frutais de cada movimento ensaiado de minha insana loucura.

No momento meu sensor de aranha (ESSE LEÃO DEVE ESTAR MORANDO COM UM PRIMO) pede para solenemente esperar. Esperar. Esperar. Esperar. (K7, vira o disco nessaPOHA)

E nada melhor para esperar que  deriva em um navio sobre espumas flutuantes. Em um ambiente marítimo inóspito no qual cada marola é prenúncio de maremoto. E na calmaria do texto cada ponto, vírgula ou reticências é dois pontos na imaginação do iletrado ódio.

E como nos últimos BBBs desde o ilídico Cássio, passando pelo inoxidável Mamão e desaguando na voluptuosa Ana Clara das águas Claras escolhi alguém para torcer, nesse momento para não sair. Nem que para isso eu precise mudar de canal toda vez que a dita cuja aparecer na tela (Lá vem o Leão dizer que está na moda hipocrisia e charlatanismo). Se precisar o farei.

Sem entrar na sectária discussão "identitária" trovo no palácio de festa a inóperavel (de ópera) Tereza. Fugindo do estereótipo que me desagrada. Das mulheres de Atenas ou viúvas contumazes escolherei Tereza sob a égide do grande poeta miscigenado.

Agora surgiu...miscigenação é uma desamarra...que amarra os laços do ignóbil egoísmo de doar ao pensamento estapafúrdio a inominável obra do louco ou ignorante.

PS.:
Se a guerra das raças é natimorta onde estará o rabo do macaco? É uma questão de dominação ou apropriação.


THE GAME MUST GO ON